sábado, 26 de setembro de 2009

O inverno que chegou

O inverno que chegou
Traz o gelo do coração do ano
Tempo no quarto pensando na vida
Saudade do verão que me queimou

O inverno que chegou
È uma estação que existe no coração
Deixa tudo mais parado
Esconde a beleza sob o gelo
Deixa as flores pelo chão

O inverno que guardou
Levou o meu sorriso que raiou
O calor da minha mão
Mas não chegou no coração

O inverno que chegou
Te leva pra onde eu não sei
Te faz ter dúvidas do que passou
Mas eu te canto pra lembrar

O inverno que chegou
È um sorriso que cansou mas não a alegria que acabou
È um tempo que separou mas não o amor que terminou
È um salto no escuro que faz a gente duvidar
Mas acredito no verão nos esperando do outro lado
Depois das chuvas e dos gelos que ficaram no passado
Vejo a gente numa rua sob o sol de meio dia
Olhos brilhando e mãos se juntando
Como uma raiz criando vida
Após o inverno matando as plantas
Após o vento levando as rosas
Uma música toca leve
E as novas plantas amanhecem no nosso olhar
As rosas florecem mais fortes no coração

Eu te aqueço nesse inverno pra não deixar você dormir
Eu te aqueço nesse inverno em outros piores
Eu te amo nesse frio esperando sua rosa
Desabroxando e se abrindo
Com o seu perfume e eu sorrindo.

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Por atalhos de vida...

Por atalhos de vida a gente se encontra
Num lugar futuro onde só nós estamos...
Olhos se unem e sorriso espalha
Universo se encolhe e a prece fala

Por atalhos de vida a gente se esconde
Encontra os segredos que eram disfarces
Reune o agora entre devaneios
Deixa o tempo fora do tempo

Por atalhos de vida a gente se olha
Até a alma ficar superficial
Até o dia ficar escuro
Até o sorriso aparecer

Por atalhos de vida a gente duvida
Cria pontes de volta no tempo
Pensamentos capciosos
Mas joga fora tudo isso e se beija..

Até tudo mais
nem ter sentido..
nem palavras...
nem preocupações...
nem nada...

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Folhas de Plástico

Eu não sei se me perco andando e correndo
Nessa mata fechada de folhas de plástico
Com o tempo não crescem como todo ser vivo
Ficam presas no asco de falsas palavras

terça-feira, 14 de abril de 2009

O Drama Nu

Remendos de minutos formaram um drama
Mal colocados os planos sobre a mesa
Ela me disse o que o coração dizia
E ele não pensou no que pensaria

Ela entrou em um corredor por milhas
Sem pensar em destino ou desvio
Como lendas à vapor e à meia-luz
Ela insanava num vôo de ilusões

Eu segui por memórias essa história
Revivi muitas delas nos meus medos
Concordei que se escolhe o desespero

Larguei o orgulho e me engoli
Perdi o sono em sombras novas
Sorri na cama e me cobri

sábado, 4 de abril de 2009

A Alma da alma.

A alma do Luxo é a Miséria.
A alma da Bondade é a Ignorância.
A alma da Vida é a Morte.
A alma da alma... será que sou eu?

Sim... por debaixo da porta podemos ver as sombras se mexerem...
Na sombra dos olhos pode-se indagar.

Cada cofre com sua senha.
Cada coração com seu labirinto.
Cada vida com seu rumo.
Cada lágrima com seu motivo.

E a paisagem é linda... Me lembra vidas passadas...
E sinto pela ponta dos dedos que um dia, numa vida distante, estarei lá...
Seja no futuro, seja no passado.. Seja na Terra ou num disco voador..
O mesmo caminho atemporal.

Os instantes não tem nome quando são verdadeiros.
As verdades não tem explicação.
A sala está vazia... cheia de sonhos... perdida no tempo...
O mistério está sendo emanado de algum lugar...

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Copo, Vinho, Vida.

Ressucitei na ponta do ponteiro
Que marcava meio dia na minha inspiração
Era hora do sol nascer no meu coração
Era hora de calar o medo de sorrir

Renascia na borda do copo vazio
O vinho que era tinto virou vida
A vida que era louca virou vinho
E o som do meu silêncio não era dia, não era noite, não era tempo.

Era vida.