segunda-feira, 27 de abril de 2009

Por atalhos de vida...

Por atalhos de vida a gente se encontra
Num lugar futuro onde só nós estamos...
Olhos se unem e sorriso espalha
Universo se encolhe e a prece fala

Por atalhos de vida a gente se esconde
Encontra os segredos que eram disfarces
Reune o agora entre devaneios
Deixa o tempo fora do tempo

Por atalhos de vida a gente se olha
Até a alma ficar superficial
Até o dia ficar escuro
Até o sorriso aparecer

Por atalhos de vida a gente duvida
Cria pontes de volta no tempo
Pensamentos capciosos
Mas joga fora tudo isso e se beija..

Até tudo mais
nem ter sentido..
nem palavras...
nem preocupações...
nem nada...

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Folhas de Plástico

Eu não sei se me perco andando e correndo
Nessa mata fechada de folhas de plástico
Com o tempo não crescem como todo ser vivo
Ficam presas no asco de falsas palavras

terça-feira, 14 de abril de 2009

O Drama Nu

Remendos de minutos formaram um drama
Mal colocados os planos sobre a mesa
Ela me disse o que o coração dizia
E ele não pensou no que pensaria

Ela entrou em um corredor por milhas
Sem pensar em destino ou desvio
Como lendas à vapor e à meia-luz
Ela insanava num vôo de ilusões

Eu segui por memórias essa história
Revivi muitas delas nos meus medos
Concordei que se escolhe o desespero

Larguei o orgulho e me engoli
Perdi o sono em sombras novas
Sorri na cama e me cobri

sábado, 4 de abril de 2009

A Alma da alma.

A alma do Luxo é a Miséria.
A alma da Bondade é a Ignorância.
A alma da Vida é a Morte.
A alma da alma... será que sou eu?

Sim... por debaixo da porta podemos ver as sombras se mexerem...
Na sombra dos olhos pode-se indagar.

Cada cofre com sua senha.
Cada coração com seu labirinto.
Cada vida com seu rumo.
Cada lágrima com seu motivo.

E a paisagem é linda... Me lembra vidas passadas...
E sinto pela ponta dos dedos que um dia, numa vida distante, estarei lá...
Seja no futuro, seja no passado.. Seja na Terra ou num disco voador..
O mesmo caminho atemporal.

Os instantes não tem nome quando são verdadeiros.
As verdades não tem explicação.
A sala está vazia... cheia de sonhos... perdida no tempo...
O mistério está sendo emanado de algum lugar...

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Copo, Vinho, Vida.

Ressucitei na ponta do ponteiro
Que marcava meio dia na minha inspiração
Era hora do sol nascer no meu coração
Era hora de calar o medo de sorrir

Renascia na borda do copo vazio
O vinho que era tinto virou vida
A vida que era louca virou vinho
E o som do meu silêncio não era dia, não era noite, não era tempo.

Era vida.